EPISÓDIO 1: A ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAÇÕES
Muitos especialistas apontam a “Zona econômica especial – ZEE” como o principal projeto implantado na China nos anos oitenta que foi responsável por impulsionar sua economia a se tornar a potência que é atualmente. Esse projeto se caracteriza como um complexo industrial de livre comercio com o exterior localizados no litoral chinês no entorno dos portos, e teve o objetivo de fortalecer a política de exportação e o desenvolvimento socioeconômico através da geração de empregos. No Brasil, no mesmo período, adotou-se o mesmo modelo com o título de ZPE – Zona de processamento de exportações – e segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o país conta com onze ZPEs autorizadas ou em efetiva implantação, sendo apenas uma no Rio de Janeiro, no município de São João da Barra, no entorno do Porto Açu.
Em 1994, o município de Itaguaí aprovou junto ao governo federal a sua ZPE, através do Decreto Federal N° 1.278/1994, em uma área de 250 hectares às margens da Reta de Piranema, explorando o potencial que seu porto oferecia, porém, a ZPE de Itaguaí que deveria receber diversas industrias para exportação não saiu do papel e em 2019 foi revogada através do Decreto Federal N° 9.959/2019, abrindo espaço para que novos projetos de ZPE que realmente queiram sair do papel pudessem ser viabilizados na região do porto de Itaguaí.
Após o cancelamento deste projeto em Itaguaí, um grupo de empresários anunciaram em 2022 a ZPE Seropédica que seria localizada às margens da BR-465 próximo ao entroncamento com a reta de Piranema, a aproximadamente 20 km do porto de Itaguaí. Segundo o anúncio, o empreendimento contaria com um milhão de metros quadrados (100 hectares) de áreas com infraestrutura planejada para receber novas industrias e empreendimentos logísticos, projeto que pode revolucionar a região em termos de desenvolvimento econômico e geração de empregos.
Apesar da localização da ZPE nos causar uma certa preocupação quanto aos impactos urbanísticos e ambientais causados pela sua instalação pelo fato da sua proximidade com a área urbana da cidade, o empreendimento contaria com medidas mitigadoras e compensatórias tanto sob os aspectos urbanísticos quanto ambientais, como a recuperação das áreas susceptíveis a enchentes e alagamentos daquela região e a estruturação da estrada do dique que liga o bairro Jardim Maracanã à ponte sobre o Rio Guandu na BR-465, margeando o rio, assim como e a estruturação do prolongamento da Reta de Piranema ligando-a à estrada do Dique, integrando os bairros Jardins, Parque Jacimar e Campo Lindo à Rodovia Presidente Dutra, passando pelo Bairro Jardim Maracanã e INCRA, através de uma rodovia municipal direta e estruturada, desviando o tráfego de cargas pesadas pelas BR465 que corta a área urbana de Seropédica.
A ZPE Seropédica se apresenta como um grande atrativo para novas indústrias exportadoras que utilizarão o porto de Itaguaí como principal ponto de escoamento e promete não só desempenhar um papel protagonista na geração de empregos na região como na implantação de infraestruturas na cidade que vão promover o seu desenvolvimento urbano.
ASSISTA AQUI O VÍDEO DE APRESENTAÇÃO DA EPZ Seropédica
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